INFORMAÇÕES GERAIS

Esquel é uma pequena e simpática cidade no sul da Argentina – está 300 km abaixo de Bariloche – e oferece duas grandes atrações aos muitos visitantes desta região montanhosa: o Parque Nacional Los Alerces, uma área lindíssima de 263.000 hectares de bosques, e lagoas; e o centro de ski de La Hoya, que está muito perto do povoado – são 15 km desde o centro, numa estrada bem pavimentada e… com uma vista deslumbrante.

La Hoya tem este nome pelo formato da montanha – um anfiteatro natural, em que as pistas partem do cume, a 2.050 m de altitude, e convergem para a base, a 1.350 m – e oferece uma boa estrutura para esquiadores & snowborders, com seus 10 skilifts, 24 pistas, canhão de neve para manutenção de áreas de muito movimento; Escola de ski & snowboard, aluguel de equipamentos e roupas, creche, e atendimento especial para crianças e adolescentes. A neve da região é conhecida por sua característica “dry-powder”… e isso, junto com as peculiaridades topográficas da montanha, faz dos fora-de-pista de La Hoya uma atração à parte – você irá encontrar skiers & snowboarders radicais de todo o planeta por causa disso…

As noites de Esquel oferecem bons restaurantes – o cordeiro patagônico é a grande atração culinária da região, além dos passeios na praça & olhar as lojas, as tendas de artesanato mapuche; e a região é motivo para muitos passeios, com sua beleza agreste e história de muitos índios, aventureiros, e… gente de montanha, é claro!

Como chegar
Esquel está a 1.900 km a sul de Buenos Aires, e o acesso pode ser feito por:

Via Terrestre ….. de carro ou ônibus, usando a Ruta 40, em estradas asfaltadas & em bom estado, numa viagem de cerca de 23 horas;

Via Aérea…………. o aeroporto de Esquel recebe voos regulares, em diversas frequência semanais, vindos de Buenos Aires, numa viagem de 2 ¹/² horas desde a capital.
Confira a localização de La Hoya no mapa:


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SAIBA MAIS SOBRE LA HOYA & REGIÃO :

O Parque Nacional Los Alerces é uma beleza… bosques e pequenas lagoas muito azuis, montanhas, vistas alucinantes, e muitos passeios organizados na aérea: trekkings de diversos níveis de dificuldade, mountain-bike, e visitas à comunidade mapuche de Futalaufquen, onde você conhecerá a cultura deste povo e poderá comprar muita coisa de seu rico artesanato.

O vilarejo de Trevelin, a 27 km de Esquel, também é uma conhecida atração local: fundado por imigrantes galeses no século XIX, mantém as suas tradições milenares, e atrai os visitantes com seu artesanato, suas casa de chá – o chá galês é uma festa… e, também, com a rica cultura Mapuche, povo que habita esta região desde tempos remotos.

A cerca de 5 km do centro de Esquel está a Laguna Zeta – um lugar muito lindo, que atrai os visitantes com suas águas límpidas e tranquilas, que refletem as montanhas ao redor.

Esquel oferece uma das últimas locomotivas a vapor em uso no mundo: a La Trochita, que durante décadas levava as cargas e passageiros pela Patagônia, e hoje leva os turistas numa viagem de 18 km entre Esquel e Hahuel Pan – uma pequena comunidade Mapuche, com direito a museu e muito artesanato.

LA HOYA NA MIDIA
Entre os muitos conteúdos disponíveis na web sobre a região de Esquel e o centro de ski de La Hoya, chama a atenção este ótimo texto do blog ” De carona na mochila “, que transcrevemos a seguir :
Esquel – La Hoya
Depois do passeio por Puerto Madryn, vendo baleias, lobos e elefantes marinhos e pingüins, pairou uma dúvida: ficar mais um dia e fazer com calma aquilo que já o tinha feito e tentar esperar uma rara hipótese de alguma Orca aparecer por lá ou seguir viagem rumo a Esquel?

Para quem não conhece, assim como eu não conhecia, Esquel é uma cidade na Costa Oeste da Argentina, cinco horas abaixo da tradicional Bariloche. Cidade aconchegante e charmosa com pouco mais de 30.000 habitantes, Esquel tem muito mais atrativos do que muitas grandes cidades.

A quinze minutos de carro do centro da cidade, onde fica concentrada a maior parte da rede hoteleira, tem-se uma das menores estações de esqui do país, ‘La Hoya’. O passe diário é barato, cerca de 50 pesos, o que para nossa realidade representa pouco mais de 35 reais.

Descobri a cidade numa revista de turismo, sim! Uma revista brasileira que abordou o tema por volta de julho deste ano trouxe a tão saudosa Esquel à tona.

Sou do estilo de viajante que gosta de procurar fazer o que os ‘turistas’ não costumam fazer, ou seja, se enfurnar em pequenos lugares e conhecer o pouco tradicional. Aliás, temos que destacar aqui que turista é uma coisa e viajante é outra!

Chegando a Esquel, procurar onde ficar… Sim, eu viajei parte do tempo desta forma, sem planejar o dia seguinte, a hospedagem seguinte… Mas me arrependo em certas partes.

Cheguei cedo, cerca de sete horas da manhã e o sol se quer havia nascido! Era noite ainda e fazia muito frio.

Fui para um hostel que tinham me indicado em Puerto Madryn, El Gaúcho. Muito legal, fui muito bem recebido e atendido, mas não tinha praticamente ninguém, o que para quem viaja sozinho é um sinal de perigo… Deve-se procurar outro lugar para hospedar urgente!

Feito isso, após procurar em todos os albergues existentes na cidade, uns cinco, resolvi me hospedar no Hostel International, bem no centro. Ótima escolha!

Todos muito atenciosos e amistosos. Muita gente do mundo todo por ali… Onde tive oportunidade de conhecer gente que está viajando há meses!

Meu plano para Esquel se resumia para dois dias, no máximo três… Mas eu estava no segundo dia e recém me hospedara!

Por 30 pesos fiz um passeio muito bom e tradicional para quem visita a região: O Expresso Patagônico – La Trochita. Um trem antigo que tem todas suas características originais conservadas e faz o mesmo trajeto, ou parte dele, que fazia desde os primórdios. Cruzando montanhas cobertas de gelo, estâncias que pareciam cenográficas por causa da perfeição e beleza que tinham.

 

 

Esse passeio faz Parte da Travessia Chubut

 

 

Expresso Patagônico – La Trochita

Ao final da viagem se visita um pequeno povoado de cerca de 25 famílias descendentes de indígenas que ali viviam e que hoje se sustentam com artesanatos e auxilio do governo.

 

 

Estávamos de partida, mas e para que entrar no trem?!

 

 

Estâncias

 

 

Entre os dias que esquiei, em um deles fiz uma excursão lacustre que foi incrível!

 

 

Lago Menendez – Esquel

 

 

 

Glaciar de Las Torres (ao fundo – esquerda)

Fui visitar o Parque Nacional de Los Alerces. Estas são árvores milenares que crescem cerca de 0,8 a 1 mm de diâmetro por ano. Isso significa dizer que, ao estarmos diante a um Alerce com cerca de 60 cm de diâmetro, pode-se calcular que sua idade gira em torno dos 480 a 600 anos.

 

 

Alerces Milenares

Entretanto, qual seria a sensação de se estar diante de um Alerce com cerca de 2,60 m de diâmetro? Exatamente. Não há reação capaz de ser transcrita nessas páginas… estive diantes de um, pasmem, ser vivo de 2600 anos!

Ainda nesta excursão pude cruzar lagos límpidos e gélidos formados por água completamentes despoluídas e transparentes. E, por ser a região os pés da Cordilheira dos Andes, seus vales chegam a ter 400 m de profundidade, o que faz com que os lagos tenham até esta profundidade. Permitindo, ainda, que exista, embora eu não tenha feito o mergulho, um bosque com cerca de 300 anos de idade, formado apenas por árvores submersas. Perfeitamente conservado.

Um sonho até então não realizado era ver a neve de perto… Ali, na frente! Sentir nevar… e não deu outra! Um frio de cinco graus abaixo de zero e vento surpreendiam os visitantes que chegavam. Nevava feito filme! E para os inexperientes como eu, sem gorro, cabelos congelados!!!!

 

 

Parecia simples, colocar um esqui e deslizar… Agora, cá entre nós, é complicado demais!

Uma das melhores coisas que já fiz na vida, e olha que já viajei bastante.

Aprontei como uma criança nesses dias… Descia, subia… Engraçado que num dos dias que fui, vi muitas crianças subindo para pistas mais altas e obvio pensei: “Se elas, pequenas assim conseguem… ah… também vou!”.

 

 

Conselho: jamais pensem assim quando o assunto for esqui!

Elas são impressionantes! Sobem e descem numa facilidade incrível. E lógico, eu não.

Depois de mais ou menos uma hora e meia tentando descer pela neve fofa, sim… Por que a neve fofa é mais difícil que a consolidada! Precisei apelar para o socorro de pista… Isso aí… Um guarda subiu e me resgatou! Vergonha?! Ah… Eu estava de férias!

 

 

Outro dia, no transfer para a estação conheci Lautaro, um argentino de Buenos Aires que costuma aproveitar os tempos vagos para esquiar… Chique o negócio… Mas para eles é normal!

 

 

Lau e Eu em La Hoya

 

 

Acabamos fazendo amizade e ele me ensinou a esquiar… Tudo ia muito bem… De verdade! Descia, subia… Já estava tranqüilo. Até que, depois de horas treinando, e me sentindo seguro, subi para outra estação a qual já havíamos descido algumas vezes juntos me treinando. Só que agora eu estava sozinho, sem aquela voz de confiança do lado… putz… Descendo em alta velocidade, o que acaba sendo comum, eu não consegui fazer “la cuña” _ isso significa: não consegui frear… Assim, capotei como aquelas Vídeo Cassetadas de Domingo. Parei depois de uns vinte metros de todo meu material que, obviamente, se desprendeu do corpo e foi ficando pelo caminho. Muito figura!

Enfim, Esquel se encerrava ali para mim… era meu último dia e partiria para Bariloche na manhã seguinte.

Fonte:

De carona na mochila
Cerro, cerro meu
Estações de esqui na Argentina e no Chile com crianças, para gastar pouco, com ou sem balada, para pros. Escolha uma para chamar de sua

La Hoya
Pouca gente sabe, mas existe uma espécie de lado B dos Lagos Andinos, uma região mais selvagem que parece ter sido deixada como foi encontrada. A pequena cidade de Esquel, a quatro horas de Bariloche, guarda um pouco do espírito dos tempos da locomotiva a vapor Latrochita, o velho expresso Patagônico, que cortava a área. Em Esquel está La Hoya (www.cerrolahoya.com), estação com 24 pistas, dispostas em uma espécie de anfiteatro natural que se afunila desde os picos até a base e tem passes mais baratos que a média argentina. Na estrada, é comum avistar animais como guanacos e lebres, além dos cervos que costumeiramente cruzam a pista. se você gosta de se sentir desbravando um destino, esta é a estação.

Fonte:

Claudio Campos / VIAGEM E TURISMO

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