Sabe a imagem do faroeste americano que construímos em nosso imaginário a partir de filmes, desenhos animados e histórias em quadrinhos? Pois adicione a isso neve, restaurantes badalados e uma estação de esqui com pistas radicais, seja bem-vindo a Jackson Hole, o Velho Oeste nevado!
Peculiar talvez seja o adjetivo que melhor defina Jackson Hole, vale localizado no início das Rocky Mountains, cadeia rochosa que se estende até o Canadá. Abraçado pelos icônicos parques nacionais Yellowstone e Grand Teton, o lugar impressiona pela exuberância natural, pelo visual de Velho Oeste e pela imponência de suas pistas de esqui. “Há vários destinos de inverno que remetem aos filmes de bangue-bangue, mas nada se compara a Jackson Hole”, afirma Bibiana Frantz, snow advisor da filial paulista do Point da Neve que esteve lá em janeiro passado.
Situada no oeste do estado de Wyoming, a alguns minutos do aeroporto de Jackson, essa é uma das comunidades rochosas mais acessíveis do continente norte-americano. Ao chegar a Jackson Hole, o visitante se depara com dois vilarejos: Teton Village, ao pé da estação de esqui, e Jackson, a apenas 20 km dali. Esses vizinhos garantem farta opção de hotéis, restaurantes e lojas.

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ALCES, BISÕES E FAROESTE

Enquanto Teton Village é mais acanhado, Jackson é maior e mais populoso. Em cada esquina se sente o clima de faroeste, seja pelos estabelecimentos com portas em estilo saloon, pela típica madeira das construções ou pelos animais empalhados. O alce é o grande símbolo local. Quando o animal troca sua galhada, normalmente entre final do outono e início do inverno, ela é recolhida e ganha formas de pórticos e esculturas. No George Washington Memorial, importante parque de Jackson, há um pomposo arco construido com esse material. Para ver os animais ao vivo, a dica é visitar o Refúgio Nacional dos Alces, onde mais de mil exemplares ficam abrigados durante o inverno. É um programa incrível!

Se você é chegado em desbravar a natureza, vai curtir os parques nacionais Grand Teton e Yellowstone, este o mais antigo dos Estados Unidos, fundado em 1872. “O passeio por Yellowstone é uma aventura fantástica", descreve Adriana Boischio, representante de Jackson Hole no Brasil. "Saímos do hotel às seis da manhã e, lá chegando, tomamos um café ao estilo americano, com panquecas, omelete, frutas e sucos. Vestimos roupas especiais e montamos em motos para fazer uma trilha guiada. Lembro que paramos por alguns minutos para a manada de bisões passar, animais enormes de carranca avantajada." Embora os passeios durem o dia inteiro, as belezas da fauna e da flora compensam cada segundo.

A NOITE

Aqueles simpáticos bares de filme com frequentadores usando chapéu de caubói, banda tocando ao fundo e copos de cerveja sobre o balcão são reais em Jackson Hole. “Está enganado quem pensa que a noite oferece poucos atrativos. Jackson é uma cidade viva e com boas opções de restaurantes e bares”, comenta Bibiana, que dá dicas sobre o destino: “Teton Village é muito bacana, mas recomendo a hospedagem em Jackson e o deslocamento para a montanha por meio de transfer". Ainda que agitada e urbana, Jackson não perde o clima interiorano. Por lá praticamente não há estabelecimentos comerciais de grande porte. Tudo é local e artesanal, desde restaurantes até lojas especializadas.

ESTAÇÃO EM TRANSFORMAÇÃO

O complexo de esqui, Jackson Hole Mountain Resort, é conhecido por suas pistas íngremes e extensas, projetadas para esquiadores de nível avançado. Graças a essa estrutura radical, a estação se tornou point de esportistas da velha guarda. Há alguns anos, no entanto, o centro de esqui reavaliou seu posicionamento e passou a investir pesado na ampliação de pistas de níveis fácil e intermediário. Com o objetivo de atrair famílias, inaugurou-se em 2016 o Sweetwater, um sistema com gôndolas fechadas que dá acesso ao magic carpet, onde os principiantes dão seus primeiros passos no esporte. “Mesmo para quem nunca esquiou, uma estada de uma semana deixa o indivíduo apto a enfrentar as pistas intermediárias. Tanto é assim que hoje 40% de nossas pistas são intermediárias, o que explica o aumento no número de visitantes”, relata a representante de Jackson Hole no Brasil.

À diferença de outras estações norte-americanas, administradas por grandes corporações, Jackson Hole é gerida por uma empresa familiar desde 1992, quando o americano Jay Kemmerer adquiriu a área e investiu no centro de esqui. Natural de Wyoming, a família Kemmerer conhece bem a região. "Praticamente todo o lucro obtido é revertido em investimento na montanha. Isso faz com que Jackson Hole seja uma das estações com melhor estrutura de operação", finaliza Adriana Boischio.

Adriana Boischio, representante de Jackon Hole no Brasil

NÃO DEIXE DE CONHECER

Snake River Brewpub | A maior cervejaria de Jackson oferece amplo espaço de degustação da bebida, que é elaborada artesanalmente.
Figs | Fica no interior do Hotel Jackson, inaugurado há dois anos. A cozinha libanesa pertence a uma família que imigrou há anos para a cidade e hoje possui lojas e galerias de arte.
Bin22 | Um wine bar moderno, com mesas altas que podem ser divididas com outras pessoas. Ótimos petiscos, além de excelente e premiada carta de vinhos.
Million Dollar Cowboy Bar | Não há local mais caubói e tipicamente Velho Oeste do que este. Música ao vivo, petiscos e cerveja regam uma noite para lá de animada.

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Esse conteúdo faz parte da revista do Point da Neve – Temporada 2018/2019. Para ler o conteúdo completo é só clicar aqui.