Dicas úteis

Muita gente vai para Mendoza, no período de Setembro a Junho, para aproveitar os dias de verão da região – o céu é quase sempre azul (quase não chove na região), e a temperatura é agradável: estamos encravados nos Andes… como alí está o Cerro Aconcágua, com seus 6.962m de altitude e seu título de ponto culminante da América do Sul, você irá encontrar montes de escaladores e gente que curte as caminhadas e trekkings de alto desempenho; também irá encontrar a galera dos caiaques, que vem de todo o mundo para os inúmeros raftings da região, alguns de altíssima dificuldade mas a maior parte destinado ao encantamento dos turistas.

Mas… a maioria das pessoas vem para Mendoza para curtir o Vinho, a verdadeira grande atração da região. Mendoza é considerado o coração da vitivinicultura na América do Sul, e alí o vinho é levado muito a sério, um verdadeiro culto regional.

A região de Mendoza é cercada de milhares de hectares de parreirais: o “Grande Vinho“ de Mendoza é o Malbec, variedade que trouxe à região fama mundial nos concursos habituais de vinho; mas você irá encontrar vinhos de excepcional qualidade em diversas outras variedades, entre tintos, brancos e rosés.

Em Mendoza, a região do vinho é dividida em 5 áreas:

  • Centro
  • Valle Central
  • Sul
  • Norte
  • Valle de Uco

A área mais recomendada aos amantes do vinho é a Norte – que também conta com a proximidade de Mendoza, são 15 a 20 km dentre o centro da cidade e o coração da região norte, que oferece centenas de vinícolas, muitas delas conhecidas em todo o mundo, produzindo vinhos de excelente qualidade: sua majestade o Malbec, mas também bastante cabernet-sauvignon, sauvignon blanc, sirah, merlot.

Há roteiros de degustação de vinhos na região norte de Mendoza, já preparados – de forma organizada e com ótima relação custo/benefício – para todo o tipo de gosto pessoal do amante dos vinhos, ou de sua disposição em gastos. Veja: a região é de produtores de vinho, e assim toda a atenção é dada aos amantes da bebida, que estão alí, vindos de todo o mundo, para apreciar o melhor que cidade possa oferecer neste sentido, e assim você pode contar com o programa certo para seu gosto.

Estas áreas vinícolas de Mendoza também são conhecidas pela produção de variedades como tempranillo, chardonnais, semillon, chenin e banorda

Mas como o solo vulcânico, o clima seco, e a garantia de água todo o ano (pelo uso das águas de degelo constante dos Andes) são muito favoráveis, também são atrações da região: as cerejas (espantosas), os pêssegos (suculentos) e as oliveiras (não deixe de provar azeites especialíssimos durante suas degustações).

A festa mais conhecida da região de Mendoza é a Festa Nacional da Vendimia, que comemora a colheita da uva, e que é motivo para muitos eventos na cidade, de Janeiro a Abril de cada ano. O ponto alto é a festa que é realizada no primeiro sábado de Março, e que atrai muita gente com todo o tipo de atração – incluindo hectolitros de vinho sendo consumidos por locais e turistas!

Se você está viajando de avião, o aeroporto de Mendoza é bem simpático e organizado, e os locais recebem os turistas com muita gentileza e atenção.

Se você quiser vir de carro: use a Ruta 7, que o trará desde Buenos Aires numa reta de exatos 1.000 km de ótimo asfalto e muito apoio pelo caminho – postos de gasolina, pequenas cidades, bares, e hotéis para viajantes são encontrados todo o tempo, e a paisagem é bem interessante, pois atravessa o Pampa Argentino, o deserto da Patagônia e o leva ao pé da Cordilheira dos Andes.

A Zona Norte do chamado “Camino de Vinos“ compreende os departamentos de Godoy Cruz, Lujan e Maipú – nomes que você irá encontrar nos tangos que irá ouvir na noite de Mendoza… e a quantidade de estabelecimentos ligados à produção de vinho que você irá ver durante seus roteiros de degustação é, realmente, impressionante – são centenas de vinícolas, dos mais diversos tamanhos, muitas delas centenárias, e o assunto “uva & vinhos“ domina todas as conversas, ao misturar profissionais e amantes do produto.

 

Olhe este croquis da Zona Norte de Mendoza, e as muitas vinícolas que você irá encontrar durante seus roteiros de degustação :
Fonte croquis: Site Caminos del Vino = caminosdelvino

 

Nossa amiga e colaboradora, a Fotógrafa e amante dos vinhos Cris Berger, escreveu o artigo a seguir para a Revista do Point da Neve ‘2012, e … aproveite a suas dicas:

“Bons vizinhos!

Nada como ter bons vizinhos… principalmente se eles são produtores dos melhores vinhos do Novo Mundo. Argentina e Chile têm as montanhas nevadas que tanto amamos e ainda produzem tintos e brancos que apetecem nosso paladar. Pense bem, você já vai estar lá, dê uma esticadinha rumo ao mundo dos vinhos, em nome de novas experiências.

 


 

Argentina Mendoza é mundialmente conhecida – mais do que isso: “aclamada” – como a capital dos vinhos argentinos. Há outros vales produtores no país, mas nenhum tão famoso como o dela. Isso porque seu terroir (mix de solo e condições climáticas) produz excelentes Malbecs (tipo de uva ícone da Argentina). O que mais seduz é a proximidade com a Cordilheira dos Andes, o cenário dos vinhedos, somado à cadeia de montanhas e vulcões, é arrebatador. Desses que nos fazem viver o “dolce far niente” na sua maior plenitude, um cálice nas mãos, o coração apaixonado e os olhos no horizonte…

Durante o verão há trekking pela cordilheira. A mítica montanha Aconcágua fica a cerca de duas horas de carro de Mendoza. O percurso até ela passa por uma linda estrada que serpenteia ao lado do rio, sempre emoldurada por montanhas avermelhadas. Não é recomendável ir no inverno, justamente pela neve, mas guarde na memória a possibilidade de voltar em outras estações. Aproveite para se esbaldar em bons restaurantes como o Azafran (o espaço mais bacana é dentro da cave, mas é necessário reservar), o Cavas Wine Lodge (vá ao meio dia, pela vista) e o 1884 Restaurant Francis Mallmann (absolutamente sublime). Faça “uni-du-ni-tê” nas mais de mil vinícolas da região, grande parte abertas à visitação, quando são oferecidas degustações, passeio pela bodega, uma miniaula sobre o processo de vinificação e a oportunidade de comprar vinhos com um bom preço. Sugestões: Catena, Benegas, Renascer e Salantein. Para fugir do lugar comum, faça um tour de bicicleta pelas vinícolas, organizado pela Baccus Vineyards Biking.“

 

CLIMA

Mendoza possui um clima árido e continental, as temperaturas apresentam uma grande oscilação anual e as precipitações são escassas. O verão é quente e úmido, com temperatura média girando em torno de 25°C, e é a época mais chuvosa do ano. O inverno é frio e seco, com temperatura média abaixo dos 10°C, geadas noturnas ocasionais e escassas precipitações. A ocorrência de neve e chuva com neve não são raras e ocorrem, geralmente, uma ou duas vezes por ano, embora com pouca intensidade nas zonas mais baixas da cidade.

GASTRONOMIA

Sua gastronomia, em maior parte baseada na culinária argentina, tem raras exceções nas compotas de frutas e leguminosas de fabricação caseira, parte da tradição mendocina do plantar – colher – produzir e consumir (ou, no caso, vender). A “parrillada” é típico para turistas e, em caso de maior intimidade, não pode se deixar de provar as empanadas mendocinas, que raramente são vendidas nas ruas.

TRANSPORTES

O Serviço Público de Transporte Urbano, na Grande Mendoza é atendido principalmente por um meio de locomoção ágil, os ônibus bi-articulados (ou Trolebuses, em espanhol). São 55 unidades, o maior número de toda Argentina.

Existe uma linha exclusiva de carros elétricos para passeios turísticos com paradas estratégicas por toda a cidade.

 

SERVIÇOS DE INFORMAÇÃO AO TURISTA

Posto I: 9 de Julio 500. (Municipalidad de la Ciudad de Mendoza, Piso 7).
De segunda a sexta das 8 a 13:30.
Tel. (0261) 449-5185/86.

Posto II: Garibaldi y San Martín.
Todos os dias das 9 a 21.
Tel. (0261) 420-1333.

Posto II: Av. Las Heras y Mitre.
De segunda a sábado das 9 a 13.30 y de 15 a 19. Sábado de 9 a 13.30.
Tel. (0261) 429-6298

 

MELHOR ÉPOCA PARA VISITAR MENDOZA

Mendoza é talvez a cidade mais bela da América do Sul e realmente tem muita coisa para fazer durante o ano todo. Mas se há “melhor hora” para viajar, escolha entre outubro e maio, entre a primavera e o verão, especialmente, quando há flores, frutos e muito verde, destacando a natureza da cidade. É também quando é plantada a uva que faz seus importantes vinhos.

Entre janeiro e fevereiro, os vinhedos passam pelo período de conservação e, somente em março, ocorre a colheita.

No inverno, é possível ver neve, passear pelas montanhas e visitar o Parque Provincial Aconcágua. Nas férias de julho, dá para esquiar nos centros de esqui próximos.

 

MAPA DA ROTA DOS VINHOS

Mapa interativo

VEJA MENDOZA NA WEB:

A Web oferece muita informação sobre a região de Mendoza e de suas maiores atrações, o vinho e o Cerro Aconcágua – selecionamos algumas, que nos parecem ótimas descrições, e assim ajudarão aos viajantes e amantes do vinho:

 

Mendoza (Argentina)

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

 

Mendoza é a capital e a maior cidade da província de Mendoza, na Argentina. Localiza-se no oeste do país, nas bordas dos Andes, e é um importante pólo de produção de vinho e azeite.

A base da cidade atual surgiu de um ordenamento realizado em 1863 pelo agrimensor francês Ballofet e que inclui a disposição estratégica de várias praças. A atividade econômica está fortemente vinculada à indústria de elaboração de vinhos, alimentos, e outras bebidas e, também, com o refinamento de petróleo. Além disso, o setor de turismo vem se destacando bastante.

Segundo o censo de 2001, a cidade conta com aproximadamente 110.993 habitantes, o que representa uma baixa demografia em relação aos 121.620 habitantes do censo de 1991. Este estancamento é produto da inexistência de lugares que permitam o crescimento da população, ao que se soma uma tendência geral da população a abandonar o centro, o qual é ocupado por oficinas e comércios. A Grande Mendoza, por sua vez, é quase 8 vezes maior e apresentou um crescimento populacional de 10%. A cidade de Mendoza é a quarta cidade da Argentina em quantidade de habitantes no conjunto urbano.

 

História

A cidade de Mendoza durante o período colonial.

O primeiro assentamento espanhol na região foi estabelecido em 2 de março de 1561, quando Pedro de Castillo, comissionado por García Hurtado de Mendoza, fundou a cidade que logo seria a capital da província. No ano seguinte, 1562, foi transferida, operação que esteve a cargo de Juan Jufré. Grande parte da edificação colonial foi destruída em 20 de março de 1861 após um intenso terremoto.

A cidade é uma das poucas que conservou relações amistosas com os povos de origem, que habitavam a região antes da fundação. Na segunda metade do século XIX, Charles Darwin visitou a região e em suas escritas e diários de viagem se podem encontrar referências dos aspectos culturais, geológicos e biológicos (flora e fauna) da cidade na época.

A região em que a cidade está situada é semi-desértica, sendo que a água só é encontrada nos oasis, onde os rios que descem dos cumes dos Andes derramam suas turbulentas correntes de água. Dentro das pricipais cidades foram construídos drenadores, encarregados de regar as árvores nas calçadas das ruas.

 

Clima

Climograma de Mendoza.

Mendoza possui um clima árido e continental, as temperaturas apresentam uma grande oscilação anual e as precipitações são escassas. O verão é quente e úmido, com temperatura média girando em torno de 25°C, e é a época mais chuvosa do ano. O inverno é frio e seco, com temperatura média abaixo dos 10°C, geadas noturnas ocasioais e escassas precipitações. A ocorrência de neve e chuva com neve não são raras e ocorrem, geralmente, uma ou duas vezes por ano, embora com pouca intensidade nas zonas mais baixas da cidade.

 

Aspectos urbanos
Plaza Sarmiento, um parque da cidade.

O centro da cidade possui uma excelente arborização, com muitas árvores, regadas por canais pequenos que funcionam junto a muitas ruas, proporcionando a irrigação necessária. A cidade se concentra ao redor da Plaza Independencia, com uma rua peatonal, Sarmiento. Outras ruas importantes, que atravessam de forma transversal a Sarmiento, são a 9 de julio e a Av. San Martín, que é a principal. Paralelas a Sarmiento correm as ruas Aristides Villanueva e Las Heras.

Existem muitos cybercafés e armazéns ao ar livre em Mendoza. Alguns lugares contam com tecnologia inalâmbrica (redes wifi ou sem fio). Em 2005 foi eleita a cidade mais digital da América Latina no VI Encontro Ibero-americano de Cidades Digitais, devido à quantidade de serviços por internet que se oferecem a seus cidadãos.

 

Transportes

O Serviço Público de Transporte Urbano, na Gran Mendoza (Grande Mendoza) é atendido principalmente por um meio de locomoção ágil, os ônibus bi-articulados (ou Trolebuses, em espanhol). São 55 unidades, o maior número de toda Argentina.

Existe uma linha exclusiva de carros elétricos (Tranvía, em espanhol, bonde em português do Brasil) para passeios turísticos com paradas estratégicas por toda a cidade.

 

Trem e cremalheira

A cidade de Mendoza e Los Andes são parte importante do chamado Corredor Bioceânico. Desde 1910, parte de Los Andes, com direção a Mendoza, o Trem Transandino, obra dos ingleses Juan e Mateo Clark, que transportava passageiros e carga desde 5 de abril de 1910, data de sua inauguração. Desde o fim dos anos 70 deixou de transportar passageiros, e finalizou completamente suas operações. Em 2006, está em projeto a reinauguração deste histórico trem.

Dos trabalhadores deste trem, em Los Andes, Chile, nasceu o clube esportivo Trasandino, representante oficial de futebol da cidade.

A ferrovia, fora de serviço, funcionava com trem movido a carvão.

Fonte: wikipedia

 

Mendoza

Fotos Marcelo Bartolomei/Folha Imagem

Parque San Martín, maior área verde da província e que corta a cidade de Mendoza

 

MARCELO BARTOLOMEI

Editor de Entretenimento da Folha Online

 

Se o deus grego Baco passasse por Mendoza, cidade localizada no oeste da Argentina, ficaria fascinado com a diversidade de vinhos produzidos nas mais de mil bodegas locais, dos mais populares aos mais sofisticados. Mendoza representa 70% do vinhedo argentino e é responsável pela exportação de 20% do que produz.

Nos “Caminhos do Vinho”, é possível degustar os mais diferentes tipos e conhecer o processo de suas fabricações, percorrendo parte das bodegas para entender porquê seu sabor é, às vezes, tão apurado. Há também um museu, onde a história da bebida é contada, e almoços e jantares com o melhor do vinho mendocino.

Mas nem só de vinho vive o turismo local. Por estar localizada ao pé da cordilheira dos Andes, Mendoza, cujo clima é seco e o céu quase sempre está ensolarado, é também sede de estações de esqui como Los Penitentes, uma das maiores (a Argentina é sede ainda da estação Las Leñas, a mais famosa), tem uma rica arquitetura, simpáticas praças e aventuras que podem tirar o fôlego dos mais sedentários.

Vista do teleférico da estação de esqui Los Penitentes, em Mendoza, na cordilheira dos Andes

Culinária argentina

Sua gastronomia, em maior parte baseada na culinária argentina, tem raras exceções nas compotas de frutas e leguminosas de fabricação caseira, parte da tradição mendocina do plantar-colher-produzir e consumir (ou, no caso, vender). A “parrillada” é típico para turistas e, em caso de maior intimidade, não pode se deixar de provar as empanadas mendocinas, que raramente são vendidas nas ruas.

Cidade média, Mendoza tem pouco mais de 1 milhão de habitantes, tem dois cassinos e diversidade de atrações culturais. Não cultiva com o mesmo fervor, no entanto, a boemia de Buenos Aires -distante 1.080 quilômetros. É que em Mendoza os bares têm dia certo para encher de gente, a paquera tem hora marcada e as noites não vão além das 3h.

Talvez por sua riqueza arbórea, pelas praças e pelos parques, além das visitas a locais históricos e a energia necessária para tudo isso, Mendoza não precise de noite mesmo. E com o turismo em crescimento -aliás, um dos planos do governo argentino para tentar driblar a crise- a cidade só ganha em infra-estrutura, lazer e programação cultural.

A viagem é indicada por ser tranquila, prazerosa e “saboreável”, além de oferecer oportunidades raras de conviver em paisagens tão grandiosas e contrastantes num mesmo piscar de olhos.

Fonte: folha.uol

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